Muito prazer, sou Justiça de Deus!
“Criou Deus, pois, o homem à Sua imagem, à imagem de Deus o criou;”
Gn. 1:27
Quando Deus criou o homem, ele foi feito à imagem de Deus; santo como Deus é Santo, puro como Deus é Puro, perfeito como seu Pai celestial é Perfeito; livre do pecado, não conhecia o mal, era impecável e limpo. Deus fez o homem à imagem da Sua própria eternidade, um retrato incorruptível do Senhor.
Ao homem, que era íntegro e reto, foi exigida a completa obediência à lei de Deus. A ele não foi dada nenhuma permissão para falhar; na verdade, não era necessária a permissão, porque o homem estava pronto, preparado para obedecer à lei perfeita “Não comerás do fruto da árvore que cresce no meio do jardim.”, e junto á lei está a penalidade “No dia em que comeres, certamente morrerás.”.
Esse era o estado do homem no paraíso: santo, feliz e desfrutando da comunhão com Deus. Essa era a vida que estava no coração de Deus para o homem, que permaneceria nessa vida para sempre, se continuasse a obedecer a Deus em todas as coisas. Mas, se desobedecesse, perderia tudo. Nesse dia, disse o Senhor: “Tu certamente morrerás.”.
Nós sabemos como essa história continua: o homem desobedeceu a Deus. Comeu da árvore que deus havia ordenado: ”Tu não comerás dela.”. Quando o homem desobedeceu, ele foi condenado pelo justo juízo de Deus. Começou a entrar em vigor a sentença; no momento em que o homem tocou naquele fruto ele morreu. Nesse momento, a natureza do homem passou a ser de morte espiritual, separado de Deus. O homem foi cortado da comunhão divina e de igual modo a morte foi instalada no mundo. O homem, morto em espírito, morto para Deus, morto em pecado, se abismou na morte eterna.
Assim, por um homem entrou o pecado no mundo e, pelo pecado, a morte; e a morte passou a todos os homens. Através da ofensa de um, todos estão mortos, mortos para Deus, mortos em pecado. Pela desobediência de um só, todos se tornaram pecadores.
Nesse estado nos encontrávamos. Nós e toda a humanidade; quando “Deus amou o mundo de tal maneira que deu Seu único Filho para que todo aquele que n’Ele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.”. Cristo se fez homem, aquela mesma presença que se manifestava no Santo dos Santos se fez carne, veio de forma corpórea, matéria, e habitou entre os homens.
“Aquele que não conheceu pecado, Ele o fez pecado por nós; par que n’Ele fossemos feitos justiça de Deus.” 2Co 5:21
Na plenitude dos tempos, o Filho de Deus se fez homem, outro cabeça da humanidade, um segundo pai da humanidade. Chegou um tempo em que Ele conheceu o meu e o seu pecado. Na cruz do calvário, os nossos pecados foram colocados literalmente em Jesus e o Seu sangue precioso nos purifica de todo pecado. O Senhor fez cair sobre Ele as iniqüidades dos homens; Ele foi ferido pelas nossas transgressões e quebrantado pelas nossas iniqüidades. O Sumo Sacerdote se ofereceu como sacrifício, levando os nossos pecados no Seu próprio corpo para o madeiro, de modo que pelas Suas feridas fôssemos curados.
O sacrifício de Jesus foi pleno, perfeito e suficiente para não somente cobrir as nossas iniqüidades, mas apagá-las como se nunca tivessem existido. E pelo fato de ter o Filho de Deus provado a morte por todos os homens e rasgado o escrito de dívida que era contra nós, através do sangue de Jesus, foi preparado um novo e vivo caminho, reconciliando o mundo com Deus sem imputar seus pecados, através de sua graça fomos restaurados e nosso espírito conduzido à vida.
Todos que receberam a Jesus como seu Senhor e único Salvador foram justificados pela fé, e hoje temos paz com Deus por meio do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, ou seja, podemos ter um relacionamento com Deus, estar próximos d’Ele. O Seu sangue nos possibilitou acesso a Deus, somos convidados VIP’s para entrarmos em Sua presença, não pelo que fazemos ou merecemos, mas pela obra da cruz, fruto da graça de Deus. Tudo é de graça e pela graça.
Os nascidos de novo estão firmados na graça de Deus e foram declarados justos, sem condenação de erro, bem recebidos na presença de Deus. Deus sempre quis de volta a comunhão perdida no Éden. Na queda o homem se sentiu tão culpado que passou a se esconder da presença de Deus; o complexo de culpa, medo e inferioridade o dominou por completo. Mas de forma alguma podemos cometer o mesmo erro de Adão de se esconder da presença de Deus; hoje podemos nos esconder na presença de Deus, debaixo de Suas asas, lugar mais seguro não há. O Seu amor é o nosso abrigo e nesse lugar encontramos refúgio.
O sangue de Jesus é poderoso para limpar toda a sujeira de uma só vez, como se o pecado nunca tivesse existido. O diabo sabe o que você se tornou e quando ele te vê, diz: “Aí vem vindo a justiça de Deus!”. Não diga mais que você é pecador, pois o que o pecador faz? Ele peca. O pecado como diz as Escrituras, não nos domina mais e o crente não deve mais viver na prática do pecado, porque agora ele tem uma nova natureza, nascido de Deus. O pecado na vida do crente deve ser um acidente.
Um cão não tenta ser um cão, ele simplesmente é um cão; uma árvore não fica tentando ser uma árvore, ela é por natureza. Da mesma forma, por sua própria natureza você é justiça de Deus, não mais um pecador. Essa é a sua natureza. Você nasceu de Deus, nascido de uma nova semente, uma semente incorruptível. Recebemos o dom da justiça não porque conquistamos, mas porque Jesus pagou o preço lá na cruz o quis dar para mim e para você.
Não há mais condenação para nós, somos justificados livremente pela graça e bem-aventurados aqueles cujas iniqüidades são perdoadas e cujos pecados são cobertos. Bem-aventurado é o homem a quem o Senhor não imputará pecado. Deus não o condenará por aquela razão, nem nesse mundo, nem no vindouro. Seus pecados foram cancelados, não serão lembrados, fomos aceitos no Amado e Deus nos trata como se nunca tivéssemos pecado. Você é livre para entrar com plena certeza de fé na presença de Deus, porque é o seu lugar em Cristo. Se o sangue de Jesus nos purificou de toda injustiça, o que ficou? A justiça! Você é crente em Jesus? Muito prazer, sou justiça de Deus!
Pedro Estrella
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